Ela terminou comigo - como lidar com o término de namoro?
Fim de relacionamentos acontecem todos os dias. Por mais que possa estar sendo doloroso, acredite, você não está sozinho. Há inúmeras pessoas passando por isso agora.
Uma música está sendo tocada no rádio para milhares de ouvintes da região. O refrão super emotivo parece ser especificamente sobre você.
Você formou, administrou e moldou alguns relacionamentos ao longo de sua vida. E esse namoro agora acabou.
Um cérebro que está se recuperando do choque inicial da perda de alguém, com quem este havia se acostumado (seja de longo ou curto prazo), percorrerá freneticamente o ambiente em busca de lembretes da proteção e da segurança a que está tão fortemente conectado.
Imagens, músicas, objetos, locais...
Tudo no ambiente é preparado para voltar nossa atenção para o apego que ansiamos, mesmo que a pessoa com a qual está associado tenha partido.
Sejam quais forem os resquícios encontrados, nunca será uma atitude saudável, mas, devido a falta, o cérebro de alguém cujo o relacionamento acabou persistirá nisso cegamente.
Esta é a razão pela qual, dias ou mesmo semanas após o fim de um relacionamento, nossas mentes podem parecer nebulosas, preocupadas e até mesmo desligadas do resto do mundo.
O cérebro está em todos os sentidos em modo de sobrevivência e trabalhando incansavelmente para recuperar o relacionamento perdido, ou evitar a inevitabilidade desagradável da solidão sentida.
As respostas de uma separação percebidas pelo cérebro são fortes porque vão ao âmago de nosso desejo humano de sermos criaturas sociais e conectadas.
Precisamos nos sentir necessários. Isso nos ajuda a nos sentir seguros.
E assim, há boas e más notícias. A má notícia é que você não pode (e não deve) evitar a sensação natural de perda e angústia que acompanha a perda de um apego pessoal importante.
Assim como estamos programados para buscar conexões íntimas e ter nossas necessidades mais básicas satisfeitas através de outra pessoa, também somos vulneráveis a uma sensação de dor quando essa conexão é perdida.
A boa notícia, porém, é que você pode se antecipar e se adaptar às mudanças cognitivas previsíveis que ocorrem no cérebro após o rompimento, o que pode ajudá-lo a passar por tempos difíceis com mais facilidade e eficiência.
Deu para perceber que é tudo muito psicológico, não é mesmo?!
Como agir quando o relacionamento acaba?
Confira abaixo as estratégias sobre como se deve agir no fim de um relacionamento. Claro que, cada um tem a sua história, então pegue para você aquilo que achar mais conveniente. E embora seja verdade que os homens lidam com rompimentos de maneira diferente das mulheres, as dicas abaixo são aplicáveis a todas as pessoas, independentemente do gênero.
1 - Pratique a aceitação
Sua separação vai doer. Você não pode evitar isso. No entanto, consolide-se em saber que muitos outros terminaram antes de você e muitos já encontraram seus caminhos.
Quer você seja a pessoa "certa" ou "errada" nessa história, vai experimentar uma sensação de perda.
Seu cérebro estará operando com um déficit emocional que precisará ser reconhecido e tratado para que você recupere a sensação de estabilidade no futuro.
Aplique alguma autoaceitação. Diga a si mesmo: "isso vai ser difícil, mas vou superar."
2 - Afaste-se das lembranças
Após a separação, seu cérebro automaticamente buscará lembretes do relacionamento anterior. Não torne esse processo mais fácil para ele do que o necessário.
Reúna e guarde fotos, pertences e afaste-se das redes sociais. Tente não mostrar aos outros que você está "bem", isso só aumentará sentimentos ruins dentro de você.
É mais fácil falar do que fazer (seu cérebro em recuperação ficará horrorizado com a perspectiva de perder o acesso às fotos daquilo que vocês fizeram juntos), mas estabelecer distância dos lembretes, e especialmente das mídias sociais, pode ser fundamental para sua recuperação saudável após o rompimento.
Imagine um martelo. Você está segurando o martelo.
O martelo representa um sentimento ruim em relação ao término. Olhar fotos ou lembretes é como bater na própria cabeça com o dito martelo.
Por que faríamos isso conosco? Como mencionado anteriormente, seu cérebro primitivo está se debatendo para recuperar esse apego perdido.
Será um grande esforço (e doentio) para nos motivar a apegar-nos novamente.
Quando algo importante é removido de seu ecossistema emocional, você deve escolher propositalmente o que o substituirá. O que nos leva ao nosso próximo item.
3 - Pense e ocupe-se com outras coisas
Se você não agir com intenção e clareza, deixará em aberto o potencial para que formas prejudiciais e não sustentáveis de acalmar e lidar com a situação se enraízem.
Os mecanismos de enfrentamento temporários incluem drogas, álcool, aventuras ou excesso de indulgência em suas muitas formas. Isso não é legal!
O problema com esses esquemas de "sinta-se bem rápido" é que, quando os ganhos de prazer desaparecem, somos deixados de volta ao ponto de partida ou ainda mais para trás.
Em todos os casos, evitamos um confronto inevitável com a perturbação emocional causada pela separação.
E, portanto, devemos tomar medidas sustentáveis que melhorem nossa saúde, expressem nossos valores e aumentem nossa capacidade de empreendimentos futuros. Faça exercícios físicos, redescubra seus hobbies, gaste energia com coisas que você goste!
4 - Esteja no meio de outras pessoas
Reserve tempo para interações familiares e sociais. Essas formas de enfrentamento e autocuidado podem ser os pontos que fecham a ferida do relacionamento perdido e continuarão a produzir satisfação a longo prazo.
5 - Conte com um amigo
O cérebro percebe uma perda. Em sua urgência, é provável que haja uma pergunta que será feita repetidamente. Essa pergunta é "por quê?".
No meio de uma separação desagradável, seu cérebro será motivado a agir e remediar a situação. O indesejável é inaceitável e devemos planejar dar um passo adiante.
Deixada por conta própria, sua mente oferecerá inúmeras racionalizações para alcançar seu ex, procurá-lo em público ou escrever uma carta emocionada para explicar seu lado da história.
Como muitos provavelmente já experimentaram, nem sempre é uma boa ideia.
Em um estado emocional intensificado após a separação, é importante entregar as "chaves" emocionais a um amigo ou confidente designado.
Permita que apresentem sua visão do relacionamento perdido e ouça se o consideraram benéfico.
Concedido, eles provavelmente ficarão motivados a lhe dizer um pouco do que você quer ouvir ("você é tão bom" e "ela não merece você"). Se tiver a chance de ouvir em vez de enredar, seu cérebro pode permitir um momento de alívio e cura.
6 - Tenha em mente que tudo passa
Lembre-se de que, após uma separação, o cérebro está trabalhando em um déficit emocional e deve utilizar toda a ajuda que puder obter.
Talvez a maneira mais importante de sair de um relacionamento seja repetir o mantra: "Isso também passará".
Claro, isso pode parecer muito simplista, mas às vezes o simples pode ser poderoso. A dura verdade é que sua mente e seu coração estão trabalhando através de um trauma. Por sua vez, isso pode fazer parecer que a dor nunca vai acabar.
Mas eu tenho novidades para você - vai sim! Tão certo quanto o sol nasce e se põe.
Todos nós nos curamos em velocidades diferentes. O ritmo dessa cura é amplamente determinado pela história de sua vida pessoal e pela profundidade de seus sentimentos em relação ao outro.
É por isso que é tão importante dizer a si mesmo que isso também passará, mesmo que você não acredite no momento.
Ao fazer isso, você literalmente envia a seu cérebro a mensagem para diminuir a ansiedade e evitar a armadilha de "eternizar" as coisas.
Você já ouviu falar desse termo, certo? É sobre pensar que um sentimento estará com você por toda a eternidade.
Eu gostaria de poder dizer que a hipnose pode fazer você esquecer alguém ou tirar a dor. Mas isso não seria honesto.
Mas o que posso dizer, com base na ciência, é que a meditação pode reduzir a intensidade de suas emoções e ajudá-lo a se aproximar da cura.
Conclusões
Não é sobre fingir que não aconteceu ou tentar mascarar a dor. É entender que você pode aceitar e ocupar-se com coisas que gosta. É sobre não alimentar o sentimento de apego, mas trabalhar o cérebro para se acostumar com a perda.
Nós realmente esquecemos as pessoas que foram importantes para nós ou desempenharam um grande papel em nossas vidas? Claro que não.
Para endireitar o navio, você precisa se lembrar que vai ficar bem.
Quando essa parte sua é acalmada, tranquilizada e não tem permissão para assumir os controles, você ficará menos perturbado quando for lembrado do término.
Você ainda pode se sentir mal sobre isso, mas o barco não balançará tanto.
Talvez um dia nem mesmo você sinta algo. E a música triste no rádio que você estará ouvindo pode ser apenas para outra pessoa e não mais para você.